No Reino Unido, como consequência direta dos efeitos trabalhistas causados pelo Brexit e a pandemia de Covid-19 que levaram, no início, muitas empresas a demitirem seus funcionários e fecharem suas portas, agora com a vasta retomada econômica, muitos empregadores relatam a expressiva dificuldade de encontrar funcionários para a reabertura.

Os dados obtidos a partir de uma pesquisa realizada na Câmara de Comércio Britânica, com mais de 5.700 empresas participando do estudo, 70% apontaram que tiveram problemas para encontrar pessoal durante o segundo trimestre de 2021. Segundo a pesquisa, o setor com mais dificuldade de encontrar pessoal foi o da construção com 82%, seguido do setor de hotelaria e gastronomia com 76%.

Algumas medidas governamentais foram tomadas de modo a conter a escassez de recursos humanos e até o eventual desabastecimento dos supermercados. O governo britânico flexibilizou algumas regras relativas à jornada de trabalho dos motoristas e até medidas para ampliar o programa de capacitação das penitenciárias do país. Este permite que os presos pratiquem nas cozinhas das prisões, gerenciadas profissionalmente, enquanto buscam qualificações profissionais para ajudá-los a encontrar emprego do lado de fora. 

Em meio a essa alarmante situação, a necessidade explícita de mão de obra pode ser, para muitos brasileiros, uma oportunidade de ouro para realizar um intercâmbio com experiência profissional, educacional e cultural. Entre os destinos mais procurados para aprimoramento educacional estão Londres,  Liverpool, Manchester, com as sedes das grandes universidades de Oxford, Cambridge e tantas outras. Além dos tradicionais pubs, baladas eletrônicas, museus, monumentos, praias e paisagens costeiras. 

Porém os viajantes rumo ao Reino Unido precisam saber: até o presente momento, o Brasil está na “lista vermelha” do Reino Unido (ou seja, brasileiros que tenham passado os últimos 10 dias por aqui estão proibidos de entrar direto no país), no entanto para conseguir cruzar a fronteira, é necessário a estadia de ao menos 10 dias em um dos países da “lista verde”, apresentando também o exame PCR negativo feito nas 72h anteriores.

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